Políticas de Acesso Aberto no ROARMAP: números, análise e eficácia

. 22 de Abril de 2015

Integrado numa das atividades do projeto PASTEUR4OA foi publicado recentemente o estudo da análise das políticas de Acesso Aberto registadas no ROARMAP: “Working together to promote Open Access policy alignment in Europe”. Este estudo procurou descrever o panorama mundial e Europeu das políticas de Acesso Aberto existentes, assim como analisar a sua eficácia.

O ROARMAP (http://roarmap.eprints.org) é um diretório internacional de pesquisa de registos de políticas de Acesso Aberto adotadas por universidades, instituições que realizam investigação e financiadores de ciência. As funcionalidades deste serviço foram reestruturadas no âmbito do projeto PASTEUR4OA, entre as quais, destacam-se o novo esquema de classificação de políticas e a opção de pesquisa mais extensível que a anterior.

Em março de 2015, contabilizaram-se 663 políticas registadas no ROARMAP. Destas, 60% são políticas de Acesso Aberto europeias. Aproximadamente dois terços são políticas institucionais e cerca de 10% são políticas de financiadores. Mais de metade são mandatos, requerendo alguma ação para além de uma simples recomendação. Mais de 60% destes mandatos são europeus.

Fig. 1: Número de políticas em Acesso Aberto mundiais

Number of Open Access policies worldwide

Na análise da eficácia das políticas foram realizados alguns exercícios. Um deles foi medir a taxa de depósito dos artigos dos repositórios com políticas obrigatórias e não obrigatórias e compará-la com o número total de artigos publicados dessas instituições. Verificou-se que mais de três quartos dos artigos publicados não estão depositados e destes, 8% têm apenas os metadados, 3% estão em acesso restrito e 12% em acesso aberto.

Um dos aspetos mais relevantes do estudo foi a análise (através de análise de regressão) da correlação entre as características, ou critérios, das diferentes políticas institucionais e os resultados verificados ao nível da taxa de depósito e da latência do depósito (período entre a data de publicação e a data de depósito). Essa análise permite concluir que as políticas que produzem melhores resultados são as que determinam o depósito obrigatório sem exceções, mas permitindo exceções (por exemplo períodos de embargo) ao acesso aberto e que estabelecem  ligação entre o depósito nos repositórios e os processo de avaliação dos docentes e investigadores.

O top 5 de instituições (todas com mandatos) em termos de taxa de depósito inclui duas instituições portuguesas, o Instituto Politécnico de Bragança e a Universidade do Minho.

Fig. 2: Conteúdos dos repositórios institucionais

Content of institutional repositories

 

O relatório completo está acessível aqui.

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