Os próximos desenvolvimentos do Open Access na Europa foram debatidos na Universidade do Minho

. 15 de Fevereiro de 2013

Os passados dias 6, 7 e 8 de fevereiro foram de grande agitação na Universidade do Minho com a realização do UMinho Open Access Seminar que reuniu os Workshops dos projetos MedOANet e OpenAIREplus, juntando 125 participantes provenientes de 22 países da Europa.

Foi claramente um momento marcante para o desenvolvimento destes dois relevantes projetos e consequentemente, uma excelente oportunidade para os profissionais e investigadores interessados na temática do Acesso Aberto à informação científica conhecerem e debaterem sobre os próximos desafios no domínio das políticas e mandatos Open Access na Europa, e também sobre os projetos e as questões relevantes atualmente para a Interoperabilidade de sistemas e repositórios de informação e publicação científica.

Destes três dias de intensa atividade e debate ficam os registos das apresentações realizadas e que podem ser consultadas as gravações das sessões dos dias 7 e 8 e todos os slides apresentados nos três dias de evento: http://openscience.usdb.uminho.pt/?page_id=1791 (disponíveis online também algumas fotos do evento).

O primeiro dos três dias de evento foi dedicado ao workshop Europeu do MedOANet que juntou decisores e responsáveis instituicionais, membros dos grupos de trabalho MedOANet em representação dos seis países que constituem esta rede do Mediterrâneo (Portugal, Spain, France, Italy, Greece and Turkey), que apresentaram as realidades nacionais e analisaram a definição, implementação e monotorização das políticas Open Access com base nas diferentes perspectivas institucionais – dos organismos financiadores e das instituições de investigação. O relato síntese do evento pode ser consultado na nota de imprensa publicada para o efeito, sendo que os resultados deste workshop serão publicados brevemente na forma de conclusões e recomendações.

Aos 42 delegados que participaram no workshop MedOANet juntaram-se no segundo dia mais de 80 pessoas, num seminário aberto à comunidade que começou por abordar os desafios da implementação e sustentabilidade das políticas e mandatos Open Access na Europa. Nas comunicações dos três oradores convidados – Lucia Monaco da Fondazione Telethon, Alma Swan da Enabling Open Scholarship e de Bernard Rentier, Reitor da Universidade de Liége – e depois com os primeiros resultados apresentados do projeto MedOANet, ficaram patenteadas as vantagens da definição de políticas Open Access nas instituições de ensino, investigação e agências financiadoras públicas ou privadas, e identificados alguns dos desafios que se colocam às instituições na Europa, muito na linha das recomendações que assinalaram os 10 anos da “A Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste”.

Neste domínio, a presença de Jean-François Dechamp, em representação da Direcção-Geral para a Investigação e Inovação da Comissão Europeia (CE), veio clarificar a aposta da Comissão Europeia no desenvolvimento e implementação do Acesso Aberto aos resultados da investigação com financiamento europeu plasmada em três documentos –  destacados por Jean-François Dechamp para as três abordagens que a CE preconiza atualmente:

Com a realização da sessão “Open Science, Open Data e Repositórios” passámos a centrar o nosso olhar no projecto OpenAIRE enquanto infraestrutura de suporte à Open Science na Europa, num primeiro momento, com Geoffrey Boulton da University of Edinburgh, Jenny Molloy da Open Knowledge Foundation e Alicia Lopes Medina em representação da Confederação de Repositórios Open Access, e depois com a apresentação dos resultados do trabalho desenvolvido no âmbito da 2ª Geração da infraestrutura OpenAIRE. Valerá a pena destacar a muito aguardada apresentação de Geoffrey Boulton – que coordenou recentemente para a Royal Society a comissão que publicou o relatório “Science as an Open Entreprise” – e que nos apontou, entre desafios e oportunidades para a Ciência, o porquê dos dados abertos serem hoje uma questão urgente.

O Workshop OpenAIRE sobre Interoperabilidade, do qual pode ser consultado o relato das atividades e principais lições aprendidas no artigo já publicado para o efeito, encerrou este evento de três dias que quisemos aberto e integrador – para constituir um momento de abordagem transversal do Open Access nos desafios e oportunidades que se colocam atualmente aos sistemas de publicação e comunicação da ciência, e igualmente, para se constituir uma oportunidade para a comunidade portuguesa aceder aos valiosos contributos das pessoas, projetos e iniciativas que se conseguiu congregar neste primeiros dias de fevereiro de 2013 na Universidade do Minho.

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Sobre o Autor ()

Especialista de Informação e Gestor de projetos Open Science. Bibliotecário. Chefe de Divisão nos Serviços de Documentação da Universidade do Minho.

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