ConfOA afirma-se como o evento de Ciência Aberta no espaço lusófono: do Acesso Aberto à Ciência Aberta

. 10 de Outubro de 2017

Nos passados dias 4, 5 e 6 de outubro teve lugar a 8ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro. Um evento de sucesso no número de comunicações e trabalhos apresentados, no número de participantes e envolvimento das instituições de investigação, mas igualmente na amplitude dos temas abordados no âmbito da Ciência Aberta.

O caminho de expansão da temática em debate na conferência foi claramente assumido nesta ConfOA 2017, ficando agora evidenciado que este já não é um evento apenas sobre repositórios e acesso aberto, é um espaço onde se pretende trabalhar as diferentes dimensões da Ciência Aberta, apresentado desenvolvimentos no domínio dos dados abertos, discutindo políticas integradas de promoção da ciência e inovação baseados nos princípios da ciência aberta, trabalhando os aspetos técnicos que conferem mais acessibilidade e interoperabilidade às ferramentas e sistemas que suportam a realização do acesso aberto às publicações e a outros produtos e resultados da investigação.

Os temas em debate no arranque e fecho da conferência são paradigmáticos da expansão em curso: o aprofundamento dos princípios FAIR para os dados, com o keynote de Barend Mons, e as recomendações para a próxima Geração de Repositórios com a conferência final de Eloy Rodrigues. Mas pelo meio houve muito mais sinais do alargamento do foco da ConfOA com a diversidade de trabalhos apresentados: dados governamentais abertos, gestão de dados de investigação, sistemas CRIS para gestão de ciência, integração de repositórios institucionais com outros sistemas de gestão de ciência, qualidade e internacionalização de revistas científicas de acesso aberto, importância da produção de livros de acesso aberto, recursos educacionais abertos, políticas de copyright e o acesso aberto, avaliação da investigação, comunicação científica e ciência cidadã… Por último, os workshops realizados, um sobre “Os princípios FAIR Data e as estratégias institucionais na Gestão de Dados”, por Barend Mons, GO FAIR e Pedro Príncipe da UMinho, e o outro dedicado à “Gestão de Repositórios Integrados”, por José Carvalho e Raquel Truta da UMinho e Tainá Assis do IBICT, revelam as necessidades de capacitação a desenvolver atualmente na comunidade luso-brasileira da ciência aberta. E vale a pena não esquecer que a sessão de abertura e consequente sessão sobre “Políticas de Acesso Aberto e Ciência Aberta em Portugal e no Brasil” teve como mote a assunção que atualmente o desafio é o de trabalhar os instrumentos para realizar a Ciência Aberta.

O caminho faz-se caminhando… e é isso mesmo que está acontecendo com a natural expansão em curso na temática da ConfOA – trabalhar em cooperação para mais ciência aberta no espaço de investigação lusófono.

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Sobre o Autor ()

Especialista de Informação e Gestor de projetos Open Science. Bibliotecário. Chefe de Divisão nos Serviços de Documentação da Universidade do Minho.

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