Sobre Revistas OA

As revistas de Open Access, também designadas como via “dourada” do Open Access, aplicam modelos de financiamento que não cobram aos leitores ou às instituições pelo acesso à produção científica. Com base no DOAJ – Directory of Open Access Journals, existem atualmente mais de 8000 revistas em Open Access.

As revistas  representam uma fonte preciosa de informação, cuja qualidade deve ser garantida pelo processo editorial e, em especial, pelo processo de revisão por pares, assegurando que o conteúdo de um artigo submetido para publicação é avaliado. O processo de publicação envolve a atividade de muitos atores (autores, editores, revisores, etc.), que devem respeitar as regras editoriais estabelecidas, as directrizes, as normas e as boas práticas.

Tal como as revistas por subscrição, as revistas em Open Access existem em áreas científicas e em níveis de qualidade variados. Possuem diferentes modelos de negócio para suportar os custos de funcionamento através de subsídios, publicidade, taxas de pós-processamento do artigo, impressões, outros serviços de publicação, taxas de associado, ou combinações destas ações. Estes modelos aplicam-se principalmente nos países em desenvolvimento e sociedades científicas onde a imposição de uma taxa é considerada uma barreira à partilha da informação científica.

As editoras mais conhecidas na área de ciência, tecnologia e medicina são: Hindawi Publishing Corporation e BioMed Central ambas editoras comerciais que publicam mais de 300 revistas com peer review e a PLoS – Public Library of Science, uma organização sem fins lucrativos que publica diversas revistas na área da ciência e medicina com elevado impacto.

Prevê-se que a produção das revistas em Open Access seja cada vez maior, permitindo libertar fundos para a promoção do Open Access.

Iniciativas Cooperativas de Publicação de Revistas Open Access

A transição para o Open Access pode ser desenvolvida com maior eficiência se for coordenada com os diversos intervenientes: bibliotecas, editoras, investigadores e agências financiadoras. Esta premissa está na base das seguintes iniciativas com abordagens cooperativas do Open Access:

– SciELO ((the Scientific Electronic Library Online) http://scielo.org

É uma iniciativa criada no Brasil que publica quase 1000 revistas em Open Access é um modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na Internet. Especialmente desenvolvido para responder às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente na América Latina e Caribe, o modelo proporciona uma solução eficiente para assegurar a visibilidade e o acesso universal a sua literatura científica, contribuindo para a superação do fenômeno conhecido como ‘ciência perdida’. O Modelo SciELO contém ainda procedimentos integrados para medir o uso e o impacto dos periódicos científicos.

– SCOAP3 (Sponsoring Consortium for Open Access Publishing in Particle Physics http://scoap3.org/

É um grupo de agências financiadoras e bibliotecas da área de High Energy Physics (HEP) que se coordenaram para cobrir as taxas de subscrição das revistas, assim os editores disponibilizam gratuitamente as versões eletrónicas das revistas.

Não existem taxas de tratamento do artigo e os autores não pagam diretamente qualquer taxa de publicação. O projeto é encabeçado pelo CERN com parceiros em França, Alemanha, Itália, Suécia e Estados Unidos. Cada parceiro financia com o cancelamento da subscrição das 7 principais revistas da área.

Recursos:

– Redalyc. Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal. – http://redalyc.uaemex.mx

– Website dedicado às revistas em Open Access (em espanhol): http://www.revistasabiertas.com

– Directory of Open Access Journals – http://www.doaj.org

– Diretório Luso-Brasileiro de Repositórios e Revistas em Acesso Aberto – http://diretorio.rcaap.pt.

–  Documentação Open Journal System: http://pkp.sfu.ca/ojs_documentation